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TERMINA MAIS UM DIA QUALQUER

  Termina mais um dia qualquer Tudo caminhou bem nele A paz O amor A fraternidade Presentes em mim Vi nossa Mãe, a Terra Fazer o seu giro Homens se desentenderem Mulheres se agitarem por isto Crianças se negarem a crescer Porque a vida de adulto não é fácil Pessoas, apesar da idade, Temerem a Morte O político mentiu Sua mulher confirmou O filho adolescente, espertamente se omitir O filho pequeno, na sua inocência, permanecer a brincar O idoso, desinteressado, deixar passar O religioso a fazer sinais simbólicos, com as mãos trêmulas E eu, num dia tão importante, assisti a tudo isso. E quantas coisas eu não assisti... Dessa forma, mais um dia passou. E eu assisti.                     Que pena.                                                                             Perillo José                                                                            Nova Xavantina                                                                      

CAMA DESARRUMADA

    Ah, uma cama desarrumada... Lembra tantas coisas! Uma noite intensamente voluptuosa! Uma noite de conversas Risos Alegrias tantas. Tristezas... Insônia por dificuldades Planos não realizados. Mas a primeira ideia é a melhor. Uma noite em que os afetos Pularam Dos corações Das mentes Dos poros... E desfilaram por um tempo Num quarto em penumbra, Acharam uma réstia de luz E ganharam o mundo, Isto lembra um quarto E uma cama desarrumada.                                                                               Perillo José                                                                              Nova Xavantina                                                                              07/11/2020                                                                              Véspera

POEMINHA DA TARDE QUASE NOITE

 

A FESTA DE BABETTE

Rubem Alves Um dos meus prazeres é passear pela feira. Vou para comprar. Olhos compradores são olhos caçadores: vão em busca de caça, coisas específicas para o almoço e a janta. Procuram. O que deve ser comprado está na listinha. Olhos caçadores não param sobre o que não está escrito nela. Mas não vou só para comprar. Alterno o olhar caçador com o olhar vagabundo. O olhar vagabundo não procura nada. Ele vai passeando sobre as coisas. O olhar vagabundo tem prazer nas coisas que não vão ser compradas e não vão ser comidas. O olhar caçador está a serviço da boca. Olham para a boca comer. Mas o olhar vagabundo, é ele que come. A gente fala: comer com os olhos. É verdade. Os olhos vagabundos são aqueles que comem o que vêem. E sentem prazer. A Adélia diz que Deus a castiga de vez em quando, tirando-lhe a poesia. Ela explica dizendo que fica sem poesia quando seus olhos, olhando para uma pedra, vêem uma pedra. Na feira é possível ir com olhos poéticos e com olhos não poéticos. Os olhos não

[Quando vier a primavera,], Alberto Caeiro - Pedro Lamares

POEMA À MODA DE CARTA

Oi!!! Eu estava a pensar (e continuo a fazê-lo) Nunca, de fato, expliquei sobre o que quero dizer quando falo “nós ainda chegaremos ao final do Arco-Íris”. Eu quero falar sobre isto agora. Quero mostrar a você o que penso sobre o Arco-Íris e sua representação. Imagine um Arco-Íris à distância, após uma tarde de chuva branda. Um Arco-Íris sempre surge em momentos assim, já percebeu? É lindo de ver. Mais lindo é nos imaginar caminhando em sua direção, buscando a sua extremidade mais distante. Esta caminhada na direção da sua extremidade somos nós no esforço incontido de sermos felizes, amar, termos prazer em nós e no que fazemos. Esta etapa constitui-se num esforço amoroso que chamo de investimento (não promessa) para chegarmos a um propósito maior que é a própria felicidade pleiteada por nós. Como ser felizes da forma sonhada se ainda estamos apegados, plantados ao solo do medo, das paixões materiais, da desconfiança? O final do Arco-Íris lá está à nossa es

NEM BEM COMEÇOU...

Nem bem começou Não foi , Não foi ! Nem ... Já virou um... . Perillo José Nova Xavantina-MT Em algum dia e mês de 2021