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Mostrando postagens de dezembro, 2019

Live from #COP25: Special Event on #ClimateEmergency

DE QUE AMOR ESTAMOS A FALAR?

Num dia cheio de ações realizadas e a realizar, de vozes altas, mau humor e tudo o mais que se pode viver, Eu cesso tudo! Me deparo com o vazio de coisas e pessoas – inclusive Eu! Como nós (todos nós) pudemos chegar ao ponto a que chegamos? Defendemos com unhas e dentes e outras armas uma possível estabilidade na vida. Defendemos momentos, na verdade, e não a vida. Porque se defendêssemos a vida, importaríamos mais com o todo e menos com o particular. Que nos adianta a riqueza e a felicidade num mundo (mar) de miséria e infelicidade? Para nós, neste momento, constitui o ápice da vida A riqueza, A felicidade E sermos. Construímos muros à nossa volta – e dentro cultivamos A tristeza, O isolamento, A pobreza real – Porque não constitui conquistas reais o que queremos individualmente – O outro importa. E importa muito! Sobre o Amor! Sempre o Amor, de que tanto falamos e tão pouco sabemos... Eu já quis – nós queremos – ser amados

DEVANEIOS

             Ela me sorri sempre E eu nunca sei quem é. Supersticioso, rezo, Pois acredito nas coisas Divinas. E ela é divina... Linda como uma flor Que se desabrocha Nas manhãs, Orvalhada...             Mais gostoso que vê-la É sonhá-la em meio Às minhas noites angustiosas.                         Ela caminha                         À minha frente às vezes                         E sabe que eu fico                         A olhá-la.                         Ela sabe-se linda                         E usa isso                         Como artifício                         Para mexer com a minha libido... Onde chegaremos?             Não sei.             Onde quer que cheguemos,             Será ótimo,             Pois o Criador de tal Obra             Não a criou para             Ficar no sofrer Por lugares             Nunca dantes frequentados.             O Criador criou             A mim e a ela para esse        

VERÃO VERMELHO

Verão Vermelho... Sol, sangue, lágrimas! Para alguns, felicidade, Às extremas, às escassas. Mas há sempre felicidade... De existir, de poder sorrir... Uns, a felicidade de saber cantar... Talvez um sorriso verdadeiro, Marcando-me como estradas, Estradas que se cruzam por quem sorri. Para um Verão preciso ter alguns dias... Com o mesmo sol, E amado pela lua... Felicidade, nunca mais virá... Como sangue, coisa abstrata, Um Verão Vermelho! Há quem diga que nunca sorriu, Porque nunca viu Um verão vermelho! Perillo José Sabino Nunes, Barra do Garças, 1984.

APAGARAM TUDO

Marisa Monte (2000) Apagaram tudo Pintaram tudo de cinza A palavra no muro Ficou coberta de tinta Apagaram tudo Pintaram tudo de cinza Só ficou no muro  Tristeza e tinta fresca Nós que passamos apressados Pelas ruas da cidade Merecemos ler as letras E as palavras de Gentileza Por isso eu pergunto A vocês no mundo Se é mais inteligente O livro ou a sabedoria O mundo é uma escola A vida é o circo Amor palavra que liberta Já dizia o Profeta.

O AMOR

Gibran Khalil Gibran Quando o amor vos chamar, segui-o, Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe, Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos; E quando ele vos falar, acreditai nele, Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos Como o vento devasta o jardim. Pois, da mesma forma que o amor vos coroa, Assim ele vos crucifica. E da mesma forma que contribui para vosso crescimento, Trabalha para vossa poda. E da mesma forma que alcança vossa altura E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol, Assim também desce até vossas raízes E as sacode no seu apego à terra. Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração. Ele vos debulha para expor vossa nudez. Ele vos peneira para libertar-vos das palhas. Ele vos mói até a extrema brancura. Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis. Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma No pão místico do ban

ENSAIO GERAL PARA UMA EXISTÊNCIA MAIS FELIZ

Olhamos para todas as direções a partir do ponto em que nos encontramos. Todas elas nos lembram alguma coisa. Todas elas têm uma história e cada história tem a nossa presença. À esquerda, uma vida cheia de turbulências, desentendimentos, traições e rompimentos. Tudo se passa como num filme antigo, porque o tempo o era. Olhares tristes, vagos, perdidos e expectativas mortas. De repente, somos levados a nos desviarmos à nossa retaguarda. Quanta violência! Destruição total. Sentimentos corrompidos. Amores jogados ao vento, sem esperanças. Nos voltamos para onde antes era a nossa direita e percebemos que ali a vida sofreu intervenções de paz, felicidade, harmonia. E de novo a violência exerce o seu papel destruidor, avassalador. Choro de pessoas de todas as idades e pedidos de paz. Olhamos para onde agora é nossa frente – pois voltamos – e percebemos que o caminho, a vida, tudo(!) pode ser difícil, mas é o que plantamos. Nos colocamos em marcha com cuidado para elabor