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JÁ HOUVE TEMPO E EU JÁ FUI ASSIM

Já houve tempo em que eu me preocupava com a opinião das pessoas.  Principalmente se eu gostasse muito e respeitasse as mesmas. Isso muda.  Isso tem que mudar. Passei pela sova da vida e vi que nem sempre as pessoas amáveis com você o são por serem boas a vida toda. São interesseiras e jogam tudo a seu favor. Manipulam a verdade. Manipulam-se. Mascaram-se. Por que me preocupar com elas? Quando eu estava em perigo, com cães, leões e outros bichos a me sondarem, que fizeram para me socorrer? Nada! Cada um no seu tempo, cuidando do seu interesse.  Foi o que vi e senti. Por isso tudo deixei de dar ouvidos e atenção a gentes assim, e... E eu mudei. Sabe qual a opinião que importa para mim hoje? Sabe com quem eu me preocupo sobre o que pensa sobre mim? DEUS!!! E só! Deus está de forma incorruptível, comigo o tempo todo. Com que(m) mais me preocupar? Ele É tudo na minha vid

ENSAIO GERAL PARA UMA EXISTÊNCIA MAIS FELIZ

Olhamos para todas as direções a partir do ponto em que nos encontramos. Todas elas nos lembram alguma coisa. Todas elas têm uma história e cada história tem a nossa presença. À esquerda, uma vida cheia de turbulências, desentendimentos, traições e rompimentos. Tudo se passa como num filme antigo, porque o tempo o era. Olhares tristes, vagos, perdidos e expectativas mortas. De repente, somos levados a nos desviarmos à nossa retaguarda. Quanta violência! Destruição total. Sentimentos corrompidos. Amores jogados ao vento, sem esperanças. Nos voltamos para onde antes era a nossa direita e percebemos que ali a vida sofreu intervenções de paz, felicidade, harmonia. E de novo a violência exerce o seu papel destruidor, avassalador. Choro de pessoas de todas as idades e pedidos de paz. Olhamos para onde agora é nossa frente – pois voltamos – e percebemos que o caminho, a vida, tudo(!) pode ser difícil, mas é o que plantamos. Nos colocamos em marcha com cuidado para

ROTINA

Mais uma manhã a caminho do trabalho. Na minha rua Cães Bêbados Uma mulher varre a rua Na descida Um gato atravessa a rua Um pedreiro empurra a bicicleta Um homem faz “Cooper” Sobre a passarela Um indiozinho e seus fones de ouvidos O que ouvirá? Mochila Escola Dois rapazes caminham de mãos dadas A senhora idosa balbucia “Pouca vergonha” e segue de cabeça baixa Na subida A moça me olha mas não me vê Me apalpo, cheio das crendices O senhor desce, lento Dois cães e a dona passam por mim Alguém me chama Olho e aceno A cidade acorda Aos poucos. Estudantes apertam o passo E comem mangas E andam apressados. Estranho um deles De blusa com capuz Transpiro por ele. A moça passa, Pisca e joga beijo. É a vida que amanheceu E eu com ela. Perillo José Sabino Nunes. Nova Xavantina-MT., 22 de dezembro 2017.

RENOVAR

A gente precisa se renovar Jogar fora tudo aquilo Que não serve mais. Ser está na expectativa Da renovação Da amizade Do amor Do encanto Da educação Da vida... Pois a vida precisa Desse oxigênio Encher o peito de ar Soltar Rir Caminhar                                                             Perillo José                                                               Nova Xavantina-MT., 07/11/2017

MOMENTO DE REVISÃO E AFIRMAÇÃO

Conheço Homens, Mulheres, Seres esquivos, Sombrios, taciturnos... Não conseguem ser confiáveis Da luz, Da paz. Estão sempre a se desviar Da verdade, A correr delas mesmo. Fingem-se de amigas. Fingem desejo de participar Da vida dos companheiros, Mas não! Só fingimento! Às vezes amam Mas de um amar frívolo, Tão forte quanto Prego na barra de sabão. Mas conheço também Homens, Mulheres, Seres objetivos, Diretos, Iluminados, Que conseguem ser De absoluta confiança. Ao chegarem já dizem ao que vieram Demarcam território Fincam suas estacas – “Estou aqui E vim para ficar, Dê o que der”. Não fogem como Cães acovardados E são para todas as horas. Gosto e admiro Pessoas assim E as tenho na minha vida. E sou assim para elas também. Perillo José Sabino Nunes. Nova Xavantina, 09/12/2017.

HOJE É VÉSPERA

Hoje é véspera de tantas coisas Véspera de nascer Véspera de viver Véspera de encantar Véspera de cantar                      comer                     beber                     dançar Hoje é véspera de tudo... menos véspera de morrer, porque morrer também é viver.                                                                                Perillo José Sabino Nunes                                                                        Nova Xavantina-MT., 07/11/2017.

QUIETUDE

Fechar os olhos e deixar o tempo correr. Sentir os sabores que a vida nos trás. Ver que nossa história tem lances Que nos felicitam Mas que tem outros que nos constrangem. Ver-se a caminhar sempre, Apesar de tudo. Os olhos se cansam A pele já não é a mesma Mas o mais importante (José!) É   não se envergonhar no final. De lembrar Jobim – Águas de março – Quando já não é mais março. E o sabor do vinho desce Revelando-se excelente companhia. Jobim silencia e novembro Já vai ao meio, mostrando-se Tal qual é (novembro) E me vejo mais velho. Abro os olhos e me vejo aqui Como antes – Parabéns para mim! Parabéns para nós! - Somos heróis de nós mesmos. E, como diria Camões: “Fazei de madeiro leve O leme que há de nos conduzir”. E o espetáculo continua – Somos autores e atores Nesse espetáculo.