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A CONCHA



Olhando a imagem de uma concha tão bela,
Me vem à mente um texto de Rubem Alves.
Mas por quê isto?

A gente nem imagina porquê tanta beleza.
A gente nem imagina que por trás de tanta beleza
Haja uma história.

Imagina:

A origem da pérola, tão bela,
Está na dor causada pela invasão de território
Tão seu – e só seu!

A pérola, bela surge do sofrimento-dor da ostra.
Ela se defende como pode
E desse sofrimento surge a pérola, tão bela.

Não que a beleza sempre deva surgir do sofrimento – penso.
Mas, muitas vezes, o sofrimento é premiado.
A dor da ostra não está na mentira.

Ela não tenta ser feliz através do sofrimento alheio.
Quer apenas ser feliz, do seu modo. 

Paciente.

Esperando.

Vivendo.

E amando.

Há quem diga que a felicidade não é coisa deste mundo.

Só é feliz quem já o foi alguma vez na vida – nesta ou n’outra.

Se alguém busca ansiosamente pela felicidade,
É porque já foi feliz em outro momento.

Meu coração diz apenas:

Seja ostra e conquiste sua pérola,

No silêncio,

No trabalho,

No caminho

E com seus companheiros.

Não fuja dele.

Então vamos lá!

Sejamos ostra e depois pérola!

Esta é a conquista.


Perillo José Sabino Nunes.
Nova Xavantina-MT., 28/11/2017




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