Num dia cheio de ações realizadas e a realizar, de vozes
altas, mau humor e tudo o mais que se pode viver,
Eu cesso tudo!
Me deparo com o vazio de coisas e pessoas – inclusive Eu!
Como nós (todos nós) pudemos chegar ao ponto a que
chegamos?
Defendemos com unhas e dentes e outras armas uma possível
estabilidade na vida.
Defendemos momentos, na verdade, e não a vida.
Porque se defendêssemos a vida, importaríamos mais com o
todo e menos com o particular.
Que nos adianta a riqueza e a felicidade num mundo (mar)
de miséria e infelicidade?
Para nós, neste momento, constitui o ápice da vida
A riqueza,
A felicidade
E sermos.
Construímos muros à nossa volta – e dentro cultivamos
A tristeza,
O isolamento,
A pobreza real –
Porque não constitui conquistas reais o que queremos
individualmente –
O outro importa.
E importa muito!
Sobre o Amor!
Sempre o Amor, de que tanto falamos e tão pouco
sabemos...
Eu já quis – nós queremos – ser amados.
Mas queremos ser amados do nosso jeito,
Na mesma medida que amamos.
De outro jeito não nos serve.
Nos esquecemos que cada um tem o seu jeito de amar –
Desajeitado,
Descuidado –
Mas é o seu jeito.
Mas, como nosso jeito de amar, segundo cremos,
É o correto,
Não aceitamos outras formas de amar.
... E perdemos uma chance muito importante de sermos
felizes.
Amor é adaptação e não sujeição.
O Amor não exige nada de ninguém.
Nem mesmo presença,
Porque mesmo na ausência o Amor se manifesta.
Na ausência física, as Almas se buscam no Infinito
E é muito bom pensar nisso,
Apesar de que esta prática seja tão pouco vivenciada.
Por quê?
Porque queremos viver o Amor do nosso jeito
E não nas multiformas existentes.
O Amor-cobrança está nos colocando a perder.
O mundo nos quer amando incondicionalmente
E de forma coletiva.
- Agora, a decepção:
Não estamos a falar do amor carnal,
Do amor propriedade,
Do amor-objeto.
Estou a falar do Amor Humano.
Do Amor Universal.
É nesse Amor que tenho acreditado ao longo da vida.
Perillo José
Nova Xavantina-MT
11 de abril de 2018
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