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ODE Á CRIAÇÃO


                                

Busca-se a formação do Homem
Às vezes do mais simples
Para o mais complexo.
Às vezes do mais complexo
Para o mais simples.
Fecho os olhos e procuro
O meu aprendizado no tangenciamento
Do meu corpo-espírito-alma
Com o Universo-Deus.
Comparo meu corpo
A um microcosmo e finito
Em relação ao macrocosmo
Que é infinito.
Para os seres infinitamente pequenos
Células (cúbicas, fibrosas, achatadas)...
São o limite entre o visível
E o invisível (e me perco)...
Aumento a dimensão do meu entender,
Levanto a cabeça e noto que o infinitamente grande
Também é invisível (e me perco)...
Porque os meus olhos
Não conseguem abarcar
Num só olhar
A dimensão total
Das coisas que não compreendo.
E como uma criança
Que age por comparação
Introjeto-me
Em meu corpo-espírito-alma
E vejo o Sol-Coração
No seu movimento constante
(Sístole-Díastole)
Impulsionando líquido
Universo afora,
Num movimento constante,
Fazendo com que
Haja energia
Nos mais distantes pontos
Do Corpo-Espaço-Sideral.
Essa energia lança luz,
Faz com que haja calor
(E o Universo é quente);
Faz com que astros
Se movimentem no plasma –
(São os satélites – glóbulos
De todas as naturezas,
Planetinhas-planetões).
Em meio a tudo isso
(Junto às plaquetas e no meio delas
E com elas, existem pequenos
Seres (invisíveis) que vivem
Segundo planos e orientações
De forças superiores – a mente) –
Alguns têm a capacidade
Onipresença-Onisciência –
De a tudo comandar.
A Mente-Deus abençoa
Os seres construtores-benfeitores
Fazendo-os crescer infinitamente
Segundo suas próprias dimensões.
Seres que oram, choram
E pedem por dias melhores,
Seres humildes
Seres arrogantes.       
Uns vivem do próprio suor,
Outros, do suor alheio;
Uns buscam a perfeição;
Outros nem imaginam
Que estão deteriorando
Com o meio ambiente.
Este Universo parece um caos...
O mais completo caos.
Porque há células e bactérias
Que convivem com vírus letais
Para o ambiente do Universo.
Poluem, degradam e causam
Os mais estranhos efeitos
No espaço de vivência
Das espécies.
Há grandes extensões
Sem condições de sobrevivência
De espécie alguma,
E   há aglomerados populacionais
Na mais desenfreada... frenética
Luta pela sobrevivência.
Os mais fortes se sobressaem
Incólumes, puros...
Os mais fracos fenecem
No caminho...
... O resultado dessa guerra
pela  vida  aparece
na expressão do Homem-Deus-Universo:
Câncer, AIDS, Chagas, Fogo-Selvagem
Doenças conhecidas-desconhecidas
E a expressão do Deus-Homem
É de extrema dor.
Dessa forma, esse Universo sofre
Mais uma Explosão (Big-Bang?)
O Universo é recriado –
Transformado –
Mutacionado –
De forma violenta
Lançando fogo
E lançando água (sangue)
Quente nas mais diferentes
Direções.
É o Apocalipse,
Para o ressurgimento
Da Gênesis.
Morre-se todo dia
De forma Apocalíptica
E ressurge-se todo dia
De forma Genética
Trazendo-se novas formas
De vida.
Resistência aos males
Ampliada algumas mm a mais.
E o Homem-Deus abre os olhos,
Olha em torno de si
E busca compreender
O Universo-Deus.
Vê no céu, estrelas
Longe... mais longe...
Até onde seus limitados
Olhos já não podem ver
Tudo isto está em movimento constante.
O Sol projeta sua energia
Em todas as direções.
E é quente
E é bom.
Há água.
Há comida.
Bebe-se e se alimenta
Com abundância.
Descobre-se que de dois
Semelhantes nasce
Um terceiro
Com as mesmas características –
E descobre-se que isto é bom
E aumenta a população.
Cidades nascem dessas relações.
Prédios imensos são construídos
Para abrigar os que podem.
Os que não podem
Se abrigam nas periferias.
Julga-se dono da verdade – Uns.
Outros olham o Universo
E são parte dos membros
Do Universo-Deus
Através da fé e da busca
Do conhecimento.
Aqueles da periferia,
Necessários à sobrevivência
De Deus,
Querem trabalho
Querem moradias
E são eliminados
Pelos habitantes dos espigões
E condomínios.
Deus Universo se contorce
Porque uma parte de si
É   eliminada.
Os mais fortes se sobressaem
Aos mais fracos.
E quem perde é o ser
Finito e Limitado.
Quem sofre as consequências
É o ser Infinito e Ilimitado
Através da falta
De rios e matas... homens
E outros animais
Que nada queriam,
Além de viver.
Na busca de alimento
E moradia
Há destruição,
Guerras,
Ricos x Pobres,
Pobres x Ricos...
Deus lança sua energia
Para todos os lados
E o que se vê são doenças.
É o Apocalipse
Para o ressurgimento
Da Gênesis.
Morre-se todo dia
De forma Apocalíptica
E ressurge-se todo dia
De forma Genética.
E o Deus-Universo
Abre os olhos
Olha em torno de si
E busca compreender o vazio
Que há nele,
Porque não há nada mais
Além dele mesmo
Num escuro imenso...
Numa solidão imensa.
Não há mais o caos, nem sofrimento,
A solidão impera.
Balança a cabeça
(Único facho de luz)
e diz:
-        Nunca mais!

O nunca existiria?
Perillo José.
Nova Xavantina-MT









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