A NOITE & NÓS
Perdido na solidão do quarto,
A minha angustia que é tanta,
Junta-se à escuridão da noite
Que me invade, entristece
Tece...
Tece...
Tece...
Sonhos vãos...
Vãos?
Contra
a mente nada pode.
Fecho
os olhos...
Na minha mente, antes escura
Cura...
Cura...
Cura...
Delineio
teu corpo à minha frente
A
dançar.
Teu
cheiro de fêmea no cio
Invade
o ambiente
E
eu, macho enjaulado,
Desespero-me...
Onde
estás,
Que embora
vendo,
Falando,
Não
te posso tocar?
A noite vai aos poucos dando
Lugar ao dia.
Logo o Sol nasce,
Logo as pessoas falam,
Falam de seus sonhos.
Só eu não ouso falar dos meus
Nem você dos seus
Nós dos nossos...
Até
quando?
Acena-me
concretamente
Sorria
de modo real
Saia
do meu sonho
Fala-me
no ouvido,
Coisas
que não se falam
Abertamente...
Mas
fala...
Fala...
E
fala.
Perillo
José Sabino Nunes
Nova
Xavantina – MT., 06/01/2003
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