APESAR
Apesar, meu amigo,
De tudo isso,
Desse travo de goiaba verde
Que insiste em ficar na minha boca...
Meus lábios trêmulos...
Minha ira...
A vontade de chutar
O pau da barraca...
Essa dor no meu peito...
Da cabeça que gira
Como um redemoinho...
Dessa vontade
De largar tudo e ir pescar...
Encher a cara...
Tudo...
Tudo...
Tudo...
Tudo...
...isso...
Ainda sonho
E tenho esperança...
Tomara que chova...
O rio encha,
Mas a ponte não cai
Para que possamos fugir.
Perillo
José Sabino Nunes
Nova
Xavantina – MT
S/D
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