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Nomes de coisas e pessoas

As coisas têm nomes. Cada nome tem um porquê E esse porquê É o afeto que se pode ter Por isto ou aquilo - que pode ser Um gato Ou um cachorro... Uma planta num vaso Ou plantada no meio do quintal. Nomes trazem valores. E valores são sentimentos Que não se convertem Em preço. Pessoas têm nomes. E os nomes das pessoas Revelam o quanto são queridas. Por que eu tenho este nome? Por causa de um tio Homenageado através de mim. Por que minha irmã Tem este nome e não outro? É uma homenagem a uma professora Muito querida. Vê? Desde sempre somos amados  E isto se demonstra através de nossos nomes. Mas quem será aquela pessoa Homenageada através do meu nome? Se o nome dessa pessoa Fosse amor, Estaria tudo bem E meu nome seria Amor. Lindo! Maravilhoso! Amor... de tal! Amamos o que somos E amamos aqueles que nos precederam. Ou deveria ser assim. Perillo José Nova Xavantina-MT 05-06/02/2020

Olhando a Lua sobre um fundo obscurecido e pensando

Tantas poesias feitas Tantos corações se expressam Através dela, por séculos Tantos olhos já choraram Tantos lábios lamentaram Tendo a poesia como instrumento Os pés se movimentam a caminhar E o caminhar faz com que Distâncias se encurtem E a poesia É o caminho que leva ao coração Todos os caminhos pensam encontros Que sempre lembram felicidade Mas algumas vezes a felicidade Não é paciente A paciência é algo que foge Como cavalo bravo Ao observar que o tempo É longo, demorado E quase nunca tem a mesma Importância para todos O verão vem e vai Nele está o tempo Ao vir, traz o teu cheiro Ao ir, leva sinais da minha saudade. Mas nesse ir e vir Fica a angustia do intervalo. Sempre o intervalo. O Sol, astro poderoso Lança seus raios sobre nós Nos viramos para receber luz De um lado e outro Nesse momento, as palavras. Ah, as palavras! Às vezes elas são vespas vorazes Outras vezes são aqueles insetinhos Amar

Live from #COP25: Special Event on #ClimateEmergency

DE QUE AMOR ESTAMOS A FALAR?

Num dia cheio de ações realizadas e a realizar, de vozes altas, mau humor e tudo o mais que se pode viver, Eu cesso tudo! Me deparo com o vazio de coisas e pessoas – inclusive Eu! Como nós (todos nós) pudemos chegar ao ponto a que chegamos? Defendemos com unhas e dentes e outras armas uma possível estabilidade na vida. Defendemos momentos, na verdade, e não a vida. Porque se defendêssemos a vida, importaríamos mais com o todo e menos com o particular. Que nos adianta a riqueza e a felicidade num mundo (mar) de miséria e infelicidade? Para nós, neste momento, constitui o ápice da vida A riqueza, A felicidade E sermos. Construímos muros à nossa volta – e dentro cultivamos A tristeza, O isolamento, A pobreza real – Porque não constitui conquistas reais o que queremos individualmente – O outro importa. E importa muito! Sobre o Amor! Sempre o Amor, de que tanto falamos e tão pouco sabemos... Eu já quis – nós queremos – ser amados

DEVANEIOS

             Ela me sorri sempre E eu nunca sei quem é. Supersticioso, rezo, Pois acredito nas coisas Divinas. E ela é divina... Linda como uma flor Que se desabrocha Nas manhãs, Orvalhada...             Mais gostoso que vê-la É sonhá-la em meio Às minhas noites angustiosas.                         Ela caminha                         À minha frente às vezes                         E sabe que eu fico                         A olhá-la.                         Ela sabe-se linda                         E usa isso                         Como artifício                         Para mexer com a minha libido... Onde chegaremos?             Não sei.             Onde quer que cheguemos,             Será ótimo,             Pois o Criador de tal Obra             Não a criou para             Ficar no sofrer Por lugares             Nunca dantes frequentados.             O Criador criou             A mim e a ela para esse        

VERÃO VERMELHO

Verão Vermelho... Sol, sangue, lágrimas! Para alguns, felicidade, Às extremas, às escassas. Mas há sempre felicidade... De existir, de poder sorrir... Uns, a felicidade de saber cantar... Talvez um sorriso verdadeiro, Marcando-me como estradas, Estradas que se cruzam por quem sorri. Para um Verão preciso ter alguns dias... Com o mesmo sol, E amado pela lua... Felicidade, nunca mais virá... Como sangue, coisa abstrata, Um Verão Vermelho! Há quem diga que nunca sorriu, Porque nunca viu Um verão vermelho! Perillo José Sabino Nunes, Barra do Garças, 1984.

APAGARAM TUDO

Marisa Monte (2000) Apagaram tudo Pintaram tudo de cinza A palavra no muro Ficou coberta de tinta Apagaram tudo Pintaram tudo de cinza Só ficou no muro  Tristeza e tinta fresca Nós que passamos apressados Pelas ruas da cidade Merecemos ler as letras E as palavras de Gentileza Por isso eu pergunto A vocês no mundo Se é mais inteligente O livro ou a sabedoria O mundo é uma escola A vida é o circo Amor palavra que liberta Já dizia o Profeta.